O coração é terra que ninguém vê. E dói.
Dói se sentir tão pequena,
quando sei que existem inúmeros mundos dentro de mim.
Invisível.
Quando eu era pequena e me sentia triste gostava brincar de ser invisível.
E me trancava no guarda-roupa.
E aí agora eu era a princesa do reino das águas-claras.
E aí agora eu era uma guerreira medieval.
E aí agora eu era uma super-heroína, com capa e tudo.
Agora o guarda-roupa encolheu.
Não cabe nem minhas roupas, imagine os meus sonhos...
Um dia me perguntaram por que eu me calo, e eu disse:
não, é só um grito.
Um anjo me falou que você se acostuma e vai vivendo.
É só?
A maneira como suportamos o vazio é o que determina se merecemos que ele se encha...
segunda-feira, setembro 23
Nerdice Metalinguística
Há uma linha tênue entre ilusão e realidade.
Homens podem sim voar
só não digam que isso parte de uma mente doentia.
Em clínicas há jardins.
Pássaros.
Borboletas.
O céu de Ícaro tem mais poesia que o de Galileu.
Ícaro, maluco, espera por mim.
Escrevo nos ares
com a tinta invisível dos sonhos.
Poderia escrever no teu corpo
aí dava pra apagar com a língua.
E eu faço questão de errar.
Tenho uma dupla personalidade
entre a ruiva boazinha e a Fênix.
Dupla personalidade = Esquizofrenia
Seria melhor se a gente pudesse viver o gibi...
Wolverine que era macho, man.
Homens podem sim voar
só não digam que isso parte de uma mente doentia.
Em clínicas há jardins.
Pássaros.
Borboletas.
O céu de Ícaro tem mais poesia que o de Galileu.
Ícaro, maluco, espera por mim.
Escrevo nos ares
com a tinta invisível dos sonhos.
Poderia escrever no teu corpo
aí dava pra apagar com a língua.
E eu faço questão de errar.
Tenho uma dupla personalidade
entre a ruiva boazinha e a Fênix.
Dupla personalidade = Esquizofrenia
Seria melhor se a gente pudesse viver o gibi...
Wolverine que era macho, man.
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cartas que o mundo não leu,
poesia de guardanapo
domingo, setembro 15
Foice
Meu corpo tá te expurgando
Vômito
Febre
Suor
Você está saindo de mim
Por cada poro
onde antes havia plantado uma flor.
Meu coração sangra
E você, e rímel
escorrem por meu rosto.
Eu queria saber cruzar o seu deserto frio e lógico
Mas meu estômago ronca
E eu tô com fome de horizonte.
Eu odeio. E amo.
E odeio todas essas confusões bem resolvidas.
A solidão não é o mal dos séculos
Disto é a frieza responsável
Os pássaros migram no inverno...
É um outro dia.
É uma outra noite.
E eu choro.
E eu vomito.
Vômito
Febre
Suor
Você está saindo de mim
Por cada poro
onde antes havia plantado uma flor.
Meu coração sangra
E você, e rímel
escorrem por meu rosto.
Eu queria saber cruzar o seu deserto frio e lógico
Mas meu estômago ronca
E eu tô com fome de horizonte.
Eu odeio. E amo.
E odeio todas essas confusões bem resolvidas.
A solidão não é o mal dos séculos
Disto é a frieza responsável
Os pássaros migram no inverno...
É um outro dia.
É uma outra noite.
E eu choro.
E eu vomito.
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poesia de guardanapo
quarta-feira, setembro 11
E por falar em saudade...
Traz teu mar pro interior do meu sertão
Porque eu acho que é
motivo, razão, resposta
Tão eu fora de mim
E no final é só o que importa.
Né?
Ou não?
Quem, além de nós, poderá saber?
Se sou eu que amo teu caos
E o modo pateticamente lindo que você dança
E a pressão que a sua 'saboneteira' faz no meu rosto
quando eu quero me perder no seu abraço,
sem perceber que já me perdi
nos teus olhos
no teu sorriso
na tua voz
broto
maluco
O Meu Bem.
Se sou eu
(e só eu)
que não consigo dormir
imaginando...
E Vinicius não ajuda
Dizendo no meu ouvido o que sentir
Na noite, nos bares
Onde anda você?
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poesia de guardanapo
sábado, setembro 7
pra você dar o nome
eu não queria saber.
não queria!
nunca tinha pensando
em teu sorriso
emaranhado em outro sorriso
porque, desde a primeira vez
que te vi
te quis
e desde então
você leva meu querer
em teu bolso
não queria!
nunca tinha pensando
em teu sorriso
emaranhado em outro sorriso
porque, desde a primeira vez
que te vi
te quis
e desde então
você leva meu querer
em teu bolso
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