eu não queria saber.
não queria!
nunca tinha pensando
em teu sorriso
emaranhado em outro sorriso
porque, desde a primeira vez
que te vi
te quis
e desde então
você leva meu querer
em teu bolso
sábado, setembro 7
sexta-feira, julho 19
bonfim
Por fim sobraram alguns poucos cigarros sujos, uma vodka escondida no guarda-roupa e algumas palavras aprisionadas. O que tenho de melhor são elas: as palavras. Mas não as uso sempre. Guardo-as dentro de um quarto escuro, com a porta trancada e sem nenhuma janela. As vezes, vou até esse quarto e me tranco lá dentro. Eu e as palavras. Reviro-as, e vejo as que mais me agradam. Elas me dizem boas ilusões. E quase acredito no que elas insistem em sussurrar no meu ouvido. Ali, dentro desse quarto, sou o que quero ser. Sedenta pelo vício de ser tudo, sou rica de poesia. Sou o amor perdido. Sou o verso indeciso. Os cinzeiros cheios e o copo de bebida vazia. Sou a moça que chora na esquina. A mentira contada no pé do ouvido. A voz que grita no telefone. Sou o bandido sedento por roubar amor. Sou o desespero e principalmente o caos. Sou ninguém, e ao mesmo tempo sou todo mundo. Sou inclusive Você. Com seus fantasmas, e sua dor baixinha entre os cobertores na madrugada vazia. Sou o seu trabalho, as suas frases feitas, o ar que você respira e a sua insônia. Você é as cores e eu sou o cinza que te mancha. Ou vice-versa. Sou a sua música preferida, a sua nostalgia. Sou você, e você sou eu. Em frações de segundos você não é nada além de mim e eu sou tudo. Eu sou o mundo. Sou o texto, e sou a mão manchada de tinta esfregando um vocabulário imundo na cara de quem lê. E através desse quarto onde guardo essas palavras, sou nada além de alguém com alguns poucos cigarros sujos, um resto de vodka, algumas palavras aprisionadas e alguns passos pra lugar nenhum. Sou também o fim.
Enfim...
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poesia de guardanapo
domingo, abril 28
só
Eu não vou dizer o que eu quero dizer
Pois não cabe
Mas não vou me calar
É madrugada
[...]
Foi só você sorrir
e eu aprendi a torcer
e enlouquecer quando é jogo do Timão
Foi só você sorrir
pra fazer o mundo parar de girar
em um show do Cabruêra
Foi só você sorrir...
Eu vou buscar a lua
pra combinar com as duas estrelas dos teus olhos
É só você sorrir
Vou segurar tua mão com tanta força
pra ninguém nunca mais ter que partir
É só você sorrir
Vou decorar esses versinhos pobres
e escrever na tua porta com giz
É só você sorrir
É só você sorrir...
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cartas que o mundo não leu,
poesia de guardanapo
segunda-feira, abril 22
Compasso
Tic Tac Tic Tac
Observo
os teus passos compassados
Um segundo, um tic
Mais um, um tac
Bem ali, só o eco da batida
Verdade?
Tum Tum Tum Tum Tum Tum
- Alô?
-Tá ocupado!
- Então tá, amigo...
Tum Tum Tum Tum Tum
Será sempre meio metade?
Entrego-me ao tempo
Tic Tac Tic Tac Tic Tac
[...]
Observo
os teus passos compassados
Um segundo, um tic
Mais um, um tac
Bem ali, só o eco da batida
Verdade?
Tum Tum Tum Tum Tum Tum
- Alô?
-Tá ocupado!
- Então tá, amigo...
Tum Tum Tum Tum Tum
Será sempre meio metade?
Entrego-me ao tempo
Tic Tac Tic Tac Tic Tac
[...]
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poesia de guardanapo
quarta-feira, abril 17
tão louco quanto sempre fui
O cigarro acabou ao mesmo tempo do capitulo 10 daquele livro
Eu tô ficando louca
E nem posso dizer que a culpa é daquele puto...
A paixão me enlouquece um pouquinho todo tempo.
Engraçado como eu sempre acabo absorvendo um pouco do autor que eu tô lendo
Fui até a cozinha e preparei uma dose de scotch
Eu tô ficando louca. E a culpa é daquele puto
Do autor. Não do rapaz.
Não do rapaz...
De olhos que me sorriem moleques
Em um rosto de uma expressão tão madura
Em um rosto de uma expressão tão infantil
Ele é um universo
E um dos meus sonhos de criança era ser astronauta.
(além de princesa. heroína. pirata. sonhadora.)
Sonhadores.
Então crescemos, para o mundo exterior
Então crescemos, em nós
E, contrariando todas as leis da astronomia,
o mundo gira com a única finalidade de que os universos se choquem
Mais uma vez.
Mais uma vez...
Eu tô ficando louca
E nem posso dizer que a culpa é daquele puto...
A paixão me enlouquece um pouquinho todo tempo.
Engraçado como eu sempre acabo absorvendo um pouco do autor que eu tô lendo
Fui até a cozinha e preparei uma dose de scotch
Eu tô ficando louca. E a culpa é daquele puto
Do autor. Não do rapaz.
Não do rapaz...
De olhos que me sorriem moleques
Em um rosto de uma expressão tão madura
Em um rosto de uma expressão tão infantil
Ele é um universo
E um dos meus sonhos de criança era ser astronauta.
(além de princesa. heroína. pirata. sonhadora.)
Sonhadores.
Então crescemos, para o mundo exterior
Então crescemos, em nós
E, contrariando todas as leis da astronomia,
o mundo gira com a única finalidade de que os universos se choquem
Mais uma vez.
Mais uma vez...
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poesia de guardanapo
E,
Uma quase sábado, um quase fim de ano, chuva fininha, gente indo e vindo, buzina, carro e qualquer caos urbano distante de nós dois. Aqui dentro, um restinho de você. Uma sombrinha de tua educação fingida, umas gotas pingadas de sonhos tolos e qualquer lembrança vaga do seu riso. Nem tanto la fora e muito menos aqui dentro. Conversa mole, café, quinquilharia verbais, jeans surrado, tempo bom ao frio e vento. E você me pergunta se eu estou cansada pra sair com você? cansada, eu? Imagina. Sou inesgotável. Passei o dia inteiro tentando me livrar de sérios problemas, papelada chata e de qualquer lembrança tola que trouxesse você de volta. E tudo isso pouco te importa. E seu cabelo fica melhor despenteado. E você, culpando o vento. E eu, aceitando suas desculpas. Eu aqui, corpo aberto, esperando o abraço e você falando pelos cotovelos. Que tal o silêncio e uma carona cheia de desejos? E você me olha cheio de vontade, como quem mendiga por um pedaço de pão. E eu só tenho vinho. E quanto tempo será preciso pra se viver exato o tempo inteiro? E são tantas as perguntas que me perdôo diante do seu movimento preciso. As horas martelam o relógio e continuo interrogativa. Me assumo e desisto das respostas.
Odeio flerte e a vadiagem do lenga lenga do não dizer, do parar numa esquina qualquer pra não se molhar na chuva. Olha, vou pra casa, tomar um banho, usar outro sabonete, outro perfume, outro batom e ai você vai ver a minha outra face. Uma que você nunca viu. E pronto. Novinha em folha. Com outros cheiros, outros sabores, ensaiando outros sorrisos, outras metáforas.
Há escolhas. E essa é a minha.
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poesia de guardanapo
domingo, abril 14
sobre não ser comida pelos Bantos
Eu existo.
Você existe.
E existir é toda a beleza do universo.
É onde reside a felicidade de Pequena Flor.
Você existe.
E existir é toda a beleza do universo.
É onde reside a felicidade de Pequena Flor.
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